segunda-feira, 26 de maio de 2014

Phnom Penh

Passeio pelas ruas de Phnom Penh, cidade capital do Cambodja.

1 comentário:

  1. Aqui temos, neste conjunto de imagens, o que de pior se aproveitou do modo ocidental de construir. Que nada se relaciona com os materiais e técnicas de construção locais.
    Comecemos de cima. Edifícios sujos, degradados, sem manutenção, com cabos elétricos em molho, como esparguete preto gigante que atravessa as ruas, umas roupas estendidas em varandas comidas da humidade, raquíticos bambus a sugerir nostálgicos jardins nas varandas dos pisos, janelas engradadas e separações em ferros ferrugentos de pontas bicudas e ameaçadoras, toldos e grades, nas sacadas, cada qual da sua cor e desenho, uma colorida esquina que parece um catálogo de tintas, contadores de eletricidade a emoldurar a entrada suja de uma escada negra, mais esparguete a transportar energia elétrica, andares em chapa metálica no topo do edifício, mais proteções de sacadas com desenhos variados, um prédio em que o topo, de sujo, parece ter ardido… Por fim, à varanda, pacificamente sentado, um enigmático cambojano apoia o baço no parapeito da varanda protegida pelas ameaçadoras setas metálicas em leque…
    O que é que isto tem com a limpeza, a luminosidade e o ritmo de formas dos templos?
    Parece haver uma predileção por esquinas redondas: nas três imagens de edifícios de esquina estes têm, invariavelmente, o canto cilíndrico. E aquela outra, com um primeiro plano de coloridos e desadaptados chapéus-de-sol, tem, em fundo, um maltratado e sujo prédio de esquina outra vez curva. Poderemos generalizar?
    Beijinhos…
    Luís Jorge

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